Escolas de Batatais, Pederneiras e Itu foram premiadas na RoboCup Américas, competição internacional que une inovação e expressão artística no palco
Por: Elaine Casimiro, comunicação Sesi-SP
07/05/202514:58- atualizado às 15:20 em 07/05/2025
Três equipes do Sesi-SP mostraram que a robótica vai muito além da técnica e conquistaram destaque internacional na RoboCup Junior Américas Super-Regional, realizada entre os dias 25 e 28 de abril, na Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Representando as unidades de Batatais, Itu e Pederneiras, os estudantes participaram da modalidade artística, a OnStage, que desafia os competidores a criarem performances artísticas com robôs autônomos, envolvendo teatro, dança, música e muita criatividade.
As equipes Techtais, de Batatais, os Cyber Wolves, de Pederneiras, e a Scooby-Itu, de Itu.
A proposta da OnStage é conectar inovação e expressão artística em apresentações ao vivo, e os estudantes do Sesi-SP levaram essa ideia a outro nível, com projetos autorais e surpreendentes. O resultado veio em forma de conquistas: na categoria Primary (para alunos do Ensino Fundamental 2), a equipe Techtais, de Batatais, ficou com a medalha de ouro, e os Cyber Wolves, de Pederneiras, com a prata. Já na fase Open (Ensino Médio), a equipe Scooby-Itu, de Itu, também garantiu o ouro.
Fernanda Mizuguchi, analista técnica educacional do Sesi-SP, destaca que a robótica artística está em sintonia com a proposta pedagógica da instituição, que promove a educação STEAM (Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática) de forma integrada.
“Essa modalidade estimula o protagonismo dos estudantes e amplia o olhar sobre o que a robótica pode ser. Desde que o Sesi-SP estreou na OnStage, em 2023, os resultados têm sido inspiradores. O interesse cresceu, e já vemos novas equipes surgindo em diversas escolas”, explica.
As equipes Techtais, de Batatais, e os Cyber Wolves, de Pederneiras
Para Helena Rosa, 14 anos, do 9º ano da Escola Sesi de Batatais, o prêmio simboliza o impacto coletivo da equipe: “Representa tudo que a gente construiu juntos. Mostra que, mesmo vindo de uma cidade pequena, conseguimos ir longe com dedicação e criatividade”, declarou.
Heitor Crepaldi, 13 anos, do 8º ano de Pederneiras, conta que viver essa experiência internacional foi transformador: “Representar o Brasil em outro país foi uma honra enorme. E levar o nome do Sesi junto com a gente só aumentou o orgulho”, disse.
A equipe Scooby-Itu, de Itu.
No Ensino Médio, a equipe Scooby-Itu também mostrou sua força criativa. Para Maria Clara Martins, 17 anos, unir arte e tecnologia abriu novas possibilidades de criação. “Trabalhar com essas duas áreas ao mesmo tempo nos desafia a pensar diferente. A experiência foi intensa e me fez enxergar a robótica de um jeito muito mais amplo”, afirma.
Além das apresentações, o aprendizado durante a preparação também foi essencial. Emerson Mansano, orientador de educação digital do Sesi Pederneiras, conta que os estudantes reformularam o projeto em pouco tempo, incluindo novas tecnologias como Inteligência Artificial, Arduino e Pictoblox, além de repensarem a narrativa com elementos de suspense e comédia.
”Foi um processo intenso, mas extremamente rico. Eles evoluíram muito tecnicamente e como pessoas. Aprenderam a se organizar, a trabalhar em equipe e criaram vínculos que vão levar para a vida inteira”, explicou.
O trabalho teve ainda o apoio do time de cultura do Sesi-SP, que auxiliou os alunos com dicas de palco e apresentações mais expressivas. “O suporte do pessoal do teatro foi essencial. Ajudou os alunos a ganharem confiança para se apresentar de forma mais marcante”, conclui Emerson.
A participação na RoboCup Junior Américas Super-Regional não só rendeu prêmios, mas reafirmou o potencial da robótica como ferramenta de educação completa que une técnica, arte, criatividade e trabalho em equipe.